segunda-feira, 30 de março de 2015

GALERIA - f o t o g r a f i a - por Tito Oliveira

Da série "As Imagens São As Mais Variáveis" - dimensões variáveis -
Salvador - Bahia - 2015

Da série "As Imagens São As Mais Variáveis" - dimensões variáveis - 
Salvador - Bahia - 2015


domingo, 29 de março de 2015

POUCAS & BOAS - "Salvador: Quanto Mais A Conheço, Mais A Quero!" - por Tito Oliveira

Instalação da série A Bahia Revela Um Recinto Pitoresco -
"Pintura Tridimensional Trajada Para O Salão De arte" -
banco de madeira, lençol, balde, caçarola e chapéu -
dimensões variáveis - Salvador - Bahia - 2015
O que será mais cansativo: evitar reclamar, ou abstrair todo o tempo?

Insinuando aparente propensão a uma das opções de respostas, digo-lhes que se tem algo que para nada serve, este é reclamar.

Quando imaginamos tal afirmação, a sensação é de que estamos livres do fado em envelhecer sem espirituosidade. O que nos deixa mais leves.

A questão é quando nos deparamos com barreiras cotidianas.

Háaaa!

Tudo bem... Se for apenas uma vez por dia, é suportável, não carece reclamar. Pois para nada adiantará.

Ops!

Pera... Não é apenas uma vez ao dia, mas algumas muitas vezes ao dia.

Háaaaaa!

Calma... E adiantaria reclamar?! Nada mudará com reclamações. Logo, sugira.

Então é o que, em acordo com o bom senso, tenta-se fazer: sugerir.

Salvador é a capital mais antiga do Brasil.

Suponho que sejam, aproximadamente, 2,9 milhões de habitantes.

A cidade tem um dos maiores níveis de analfabetismo do país, bem como uma das maiores ofertas de empregos, ainda que providos de um dos piores salários.

Sua riqueza se concentra em, digamos, um por cento (ou um tanto mais) de sua população. A outra parte, que não é muita, é projetada ao esbofetear-se da plebe subdividida entre as classes C D e E, que são muitos.

O comércio é fraco e pouco sugestivo.

A dúvida se dá quando pensamos logicamente. Uma vez que uma cidade com alto índice de analfabetismo não poderia produzir muitos empregos.

Salvador não tem grande número de empregos pelo fato de produzi-los, mas devido às vagas que por aqui em aberto estão, e que assim permanecem por conta da dificuldade em se encontrar mão de obra qualificada.

Caso citemos o turismo enquanto exemplo, será fácil elucidar o que tento dizer.

Uma cidade com belas praias, de emblemática e formosa negritude, sons e ritmos efusivos, com religiosidade efervescente, uma das melhores luminosidade natural para a fotografia, festas populares com dimensões colossais e clima que estende o verão a quase dez dos doze meses que compõem o ano deveria estruturar melhor seu serviço, ou não?!

Por aqui não é assim tão obvio. Já que a "metrópole" preserva hábitos provincianos.

Quase não se encontra serviços 24hs, mesmo farmácias e supermercados, tão fundamentais em meio às emergências.

A boemia, que se faz inserida no âmbito cultural, tem limites de uma criança de 8 anos.
É ativa em grande oferta nas férias, porém com diversidade trancada na cárcere comercial e massificada. Enfatizando, pois, que a cena musical alternativa está entre as que tornaram o rock'n roll póstumo.

A Barra, bairro nobre e tradicional, afora o verão (que não é assim tão rentável ou envolvente), tem rotina igual a de uma comunidade vitimada no toque de recolher.

Não existem hotéis 5 estrelas, ainda que não fosse assim tão necessário. Porém os hotéis supostamente baratos, quando solicitados, deveriam, ao menos, num pedido de taças de vinho de um quarto, não atender, ao invés destas, levando tulipas de cervejas de 250ml.

Outra questão seria contratar recepcionistas minimamente educados, ou meramente simpáticos, e que falar muchacho em espanhol e love em inglês não os fizesse bilíngues.

Bom, voltando à boemia, se não lhe couber a repetição do Rio Vermelho, bairro mais boêmio da cidade, deve casar-se ou namorar alguém para sofrer com o distanciamento da apreensão gastronômica no defeituoso atendimento dos restaurantes. E acostumar-se, pois esta será uma de suas poucas opções para a distração.

Chegará em um restaurante "conceito" e pedirá um suco de laranja, o garçom em seguida lhe perguntará se deseja açúcar e água no suco!

Se pedes um vinho tinto e seco, cabernet sauvignon, por exemplo, ideal para beber numa temperatura de 18 a 20 graus, eles o serve num balde, socado no gelo.

O preço a se pagar é tão soberbo que, ao observar sua conta, imerge na alta gastronomia mediterrânea sem sair da Bahia.

Talvez o tempo dedicado ao What's Up e ao duplo fracasso; porém de contratações extravagantes pagas pelo pobre torcedor, dos clubes Bahia e Vitória, não tenham permitido uma pesquisa dos donos de restaurantes às adegas climatizadas!

E não atreva-se a tentar orientá-los, já que com o complexo de inferioridade pouco latente poderá ser hostilizado e, mais agravante, ser taxado de arrogante por quem justapõe humildade apenas à condição de pobreza extrema.

No transporte, caso opte por ter um automóvel próprio, será preciso, antes, aprender a dirigir na Índia.

Com os ônibus coletivos, quando fora dos percursos que ligam os bairros nobres, é como ser transportados por carroças motorizadas. Isso quando não entram aquelas pessoas vindas da praia ou de feiras livres e sentam-se a seu lado evacuando mini arrotos provocados pelo fermento do álcool com petiscos diversos, ou o força a compartilhar o assento com pescados ainda vivos. Além da trilha sonora evangélica,  graças ao rapaz que acredita que todos precisam escutar o louvor de seu Deus Pai Todo Poderoso.

Aderir a um taxi é aceitar, no pacote, a sofrência "pabliana" e o desafio da Fórmula 1 na ingrime ondulação dos solos soteropolitanos.

Pedir para desligar o rádio ou reduzir a velocidade sem imprimir um clima soturno no trajeto é preciso, antes, acompanhar o condutor em seu assobio direcionado às nádegas abundantes do outro lado da rua, ou perguntar-lhes se irá ao próximo Ba-Vi, pois gostaria de ir junto.

As pessoas falam alto, comumente, porque estão habituadas a conversar enquanto escutam seus ritmos musicais em volume estrondante.

Ou simplesmente porque não são escutadas, falando um com o outro simultaneamente.

Então, deve habituar-se despertar com altos tons incessantes, pois para quem não entende que o simples trâmite da comunicação permeia o tempo permitido entre o emissor e o interlocutor, pouco entenderá a vida para semear o respeito a teu sono.

A política faz-se todavia coronelista, portanto nepotista. Contagiando, com o perfil, o universo artístico visual, onde, por assim ser, não basta ter apenas talento para adentrar à cena, mas deixar de ser artista e tornar-se o político que concebe com pouca profundidade.

O teor raso tem dimensão tão alargada na cena de arte que o arame farpado responsável por separar a educação artística da população é nocivo a ponto de fazer-me pensar, muitas vezes, residir aqui a Rede Globo, e não no Rio de Janeiro.

Obras de artes ou monumentos públicos são rebatizados por consequência do descaso em conhecer suas origens e autorias. As esculturas "As meninas do Brasil", por exemplo, da artista Eliana Kertész, no bairro de Ondina, outra região nobre da cidade, virou "As Gordinhas".

É preciso ressaltar que não estou reclamando, mas afirmando que pior do que pobreza, é a ignorância.

Devo, em meio a este curso, estar entrando num estágio de loucura, também.

E, confesso, satisfeito por isso!

Já que loucos são livres e podem resgatar o trânsito salutar.

Passando à margem do vigor nesse idiotizar social, que imprime o peito de pombo e vestes estampadas com a escrita: "Só Sei Que Tudo Sei".

Assim, parabéns por seu aniversário e muito grato, Salvador, já que representa tão categoricamente o Brasil!

quinta-feira, 19 de março de 2015

GALERIA - w o r k i n p r o g r e s s - por Tito Oliveira

Estudo para pintura - “Retrato De Isadora” -
caneta retroprojetor sobre papel - 31x25cm - Salvador - Bahia - 2015
 

Estudo para pintura - “Autorretrato Com A Imprecisão Do Ócio” - 
caneta retroprojetor sobre papel - 31x25cm - Salvador - Bahia - 2015

quarta-feira, 18 de março de 2015

GALERIA - w o r k i n p r o g r e s s - por Tito Oliveira

Estudo para pintura - “Tempo, Até O Silêncio Passar” -
caneta esferográfica sobre papel - 55x22cm -
Salvador - Bahia - 2015 

Estudo para pintura - Autorretrato -
caneta esferográfica sobre papel - 24x19cm - Salvador - Bahia - 2015

“Catarse” - caneta esferográfica sobre papel -
24x19cm - Salvador - Bahia - 2015 

Estudo para pintura -
“O Passeio” -
caneta esferográfica sobre papel -
19x24cm - Salvador - Bahia - 2015