quinta-feira, 21 de maio de 2015

GALERIA - w o r k i n p r o g r e s s - por Tito Oliveira



Díptico fotográfico da série A Cor Na Bahia Revela O Recinto Pitoresco - "Nuances De Gabriel Arcanjo" - dimensões variáveis - Salvador - Bahia - 2015





COLABORADORES - Considerações Sobre O Cinema Argentino - por Ludwig Ravest



EL CAMINO
                      
              (O CAMINHO, Javier Olivera, Argentina, 2000), o impresumível retrato de um encontro)



Um jovem, após uma delonga com sua mãe acerca do paradeiro do seu pai, foge de casa em sua motocicleta para ir em busca dele. Permeia durante toda a trama inicial do filme a procura da identidade, levando-o a um destino presumível ainda que o caminho descortina-se inóspito nas paragens do sul da província de Buenos Aires até os limites que delineiam o umbral da Patagônia com suas lhanas solidões e as exegeses da cultura local tacitamente imposta aos aventureiros.

O filme aponta ao conceito natural e biológico de homogeneidade, intrínseco à permanência da dimensão espacial, à estrutura axial do grupo familiar através da metamorfose do crescimento psicofísico e à questão têmporo-emotiva, satisfazendo a necessidade de encontrar seu outro que o jovem nunca conheceu, porém que pulsa nas veias o ensejo de identidade paterna que a evolução traz no bojo.

Manuel (Ezequiel Rodríguez)completa 20 anos e sua inquietude transforma-se em ensejo, aquilo que foi exposto. Ao não encontrar uma resposta ele sai ao mundo em sua motocicleta. No trajeto, circunstâncias que oscilam entre o romance amoroso e o policialesco se cruzam em seu caminho. O duplamente relativo caminho em busca de torna-se um pesadelo para Manuel. Na medida em que este jovem, sendo testemunho principal de um crime perpetrado por abuso de autoridade policial, neste caso a morte de Moncho (Hector Anglada), um jovem provinciano que se envolve em brigas de rua e que acaba confessando a Manuel o porquê dessa vida nada afoita às legalidades sociais, este sente a necessidade de ser não apenas aquele que busca senão e também aquele que foge. Manuel foge do Sargento Ferraro, uma perfeita interpretação do carrasco do ator Daniel Valenzuela.

Carolina, uma aprendiz de fotógrafa interpretada pela grande atriz Antonella Costa, se apaixona por Manuel e em uma tentativa de fugir dele e de toda a situação na qual ela indiretamente se vê envolvida, retorna aos braços de Manuel para juntos, empreenderem a longa jornada de emancipação de dois fatos relevantes no filme: o encontro de Manuel com o pai e o esclarecimento do crime do Moncho.

O filme possui um minimalismo fora do comum, ora, pela fotografia que retrata paisagens típicas do sul e sudoeste argentino, ora, pelo tom de romantismo ao estilo Fassbinder, ora, nos poucos diálogos, mas concisos em onde a sensualidade de Manuel e Carolina, a nudez e seus entrelaçamentos se situam em uma postura metafórica: a virtuosidade do encanto e da pureza. Além da alicerçada tradição indígena mapuche no qual, sem essa coisa metafísica, aparecem como divindades que se colocam acima do bem e do mal. Também, por que não, pela superstição inocente de motoqueiros que se reúnem no inicio e no fim do filme para encarregar a Santo Cristóbal, padroeiro dos viajantes, a que a “culminância” dos fatos e feitos cheguem não a um final feliz senão mais bem baseado numa lógica que é da própria existência (ou que deveria ser) a que estamos compelidos, a uma solução justa dos encontros e à não-realização do extremo de uma fuga, isto é, à fuga de cada um de nós nos labirintos de Dédalo, na ruptura com os minotauros sociais e individuais. Vale a pena conferir!


Ludwig Ravest é chileno, escritor, estudou filosofia na Universidade de Santiago e atualmente vive e trabalha em São Paulo.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

GALERIA - p i n t u r a - por Tito Oliveira

Pintura da série A Cor Na Bahia Revela O Recinto Pintoresco -
“Autorretrato Com A Cumplicidade!” -
pastel a óleo sobre papel - 80x50cm -
Salvador - Bahia - 2015

CINEMA - c r í t i c a / d i c a - "O Enigma Chinês" - por Tito Oliveira

Mais uma hilário romance francês cai nas graças dos holofotes Hollywoodianos.

Estrelada por Audrey Tautou (O Fabuloso Destino de Amélie Poulain), a trama conta a história de um escritor solteiro (Romain Duris), de alma envolvida na Cidade-Luz e grandes referências poéticas.

Em meio ao volume de sua produção literária e a vida pessoal, este necessita mudar-se para Nova York.

O motivo é, sobretudo, a proximidade perante seus filhos pequenos que deslocaram-se para a capital americana devido ao novo casamento da mãe (Kelly Reilly de Sherlock Homes I e II).

Em NY é onde também vive sua amiga lésbica (Cécile De France, de Além da Vida), com quem acabou por ter um filho usufruindo da inseminação artificial.

Neste último trajeto, ressalva para a cena da coleta de esperma, que é simplesmente monumental!

Com problemas de documentação para permanecer nos Estados Unidos, é obrigado a casar-se com uma chinesa, que o favor lhe cede por este ter, antes, ajudado seu pai numa situação delicada, logo uma troca entre ambos.

Porém a imigração na Terra do Tio Sam não é das mais fáceis, ao contrário, e a fiscalização é realizada com muito rigor, forçando-o a desdobrar-se para manter o casamento de aparências.

A editora na França o pressiona, não tem emprego nos Estados Unidos, casa também não, sozinho e sem amor acaba inusitadamente se apaixonando por uma amiga de infância e mãe de mais dois filhos.

Bom, digamos que tais ingredientes sejam suficientes para adentrarmos numa New York multiétnica, charmosa e multicultural, através da boa retina do diretor Cédric Klapisch e um elenco primoroso!

Para melhor desfecho de todo enredo, é bom ver "O Albergue Espanhol" e "Bonecas Russas", que complementam a boa trilogia francesa.

Bom filme!

domingo, 17 de maio de 2015

GALERIA - p i n t u r a - por Tito Oliveira

Pintura da série A Cor Na Bahia Reflete O Recinto Pitoresco - “Retrato De Maria Vegoñia” - mista sobre papel -
80x100cm - Salvador - Bahia - 2015

PROVOCAÇÃO - "Aptidão" - por Tito Oliveira

Autorretrato - Salvador - Bahia - 2015
Calígula foi dos homens mais cruéis da história da humanidade. 

Hitler dos mais impiedosos. 

Além da semelhança entre o título de um magistrado da Roma antiga apontado pelo senado para governar o estado em tempo de emergências, logo ditador, e um imperador nominalmente monarca e governante de um império ou qualquer outro estado imperial, entre ambos existe mais uma semelhança: morreram dignos com a afirmação de sua maldade nata, sem maiores delongas, assumida; "...Assim sou, estou, permaneço, padeço!". 

Embora para muitos pareça absurdo, é preciso dizer que pessoas de tal caráter são menos letais do que as que escondem-se no traje mal cheiroso da hipocrisia. 

Uma vez que assim enunciado podemos optar estar próximos ou não. 

A segunda alternativa é invisível, enganosa, covarde. 

Portanto, se tens a intenção de despertar-me antes do meio dia em meus dias de folga, que ofereça-me mais que verdades padronizadas. 

Se não eres honesto consigo mesmo, com mais nada colaborará além de uma aparente letargia. 

Meu sono é profundo, cristalino.

E nunca deixarei de sonhar desperto.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

GALERIA - p i n t u r a - por Tito Oliveira

Pintura da série A Cor Na Bahia Revela O Recinto Pitoresco - “Autorretrato” - pastel a óleo sobre papel - 54x38cm -
Salvador - Bahia - 2015
 

COLABORADORES - "Santa Droga" - por Marcos Matos

Por Tito Oliveira - pintura da série Herméticos - "Edmilson" -
mista sobre madeira - 135x85cm - São Paulo - 2007
Continue a nossa impressa medíocre com seus joguetes e suas manobras em massa.

Vamos ao que praticamente todos ignoram, uma realidade que pode alterar completamente o mundo e não apenas tirar uns trocados do bolso, porque a corrupção do Brasil é liquidação em New York.

New York diante de uma devastação nuclear. 

Me recordo dos iranianos comemorando o acordo nuclear no inicio de abril, cartazes "Que bom que os EUA não vão precisar invadir nosso país com os Black Waters e afins". 

Nem tanto... 

Era só o desespero aliviado, euforia civil.

Nenhum estado que enriquece urânio nos níveis em que o Irã vem tentando, o faz para abastecer cidades, porque para isso não seria necessário mais do que urânio 235 a 3% de enriquecimento, para veículos por volta de 20%. 

É mais do que flagrante a vontade política do Irã: trucidar o estado de Israel, transformar Jerusalém em poeira.

O irã já sofreu sabotagens digitais, um vírus criado usando recursos de Israel ou dos EUA, mudou a velocidade das centrífugas (aumentou em 40%) e atrasaram um pouco o processo de enriquecimento para criação de uma bomba, mas agora a coisa avançou de novo.

"Eles fizeram algo mau. Felizmente, "nossos especialistas" descobriram e agora eles não poderão mais agir."

Mahmoud Ahmadinejad já esta a par, já esta sintonizado com a paranóia política que é nada para ele que vive em um estado fanático religioso provocado por entorpecentes (definição ocidental). 


Será que é só isso? 

Simples assim? 

Só um idiota duvidaria que esse cara vai até o fim, basta ver a historia do Irã.

"Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda; então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; e quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa; e quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes." - Bíblia.

Lembra um caos nuclear em um filme de Hollywood? 


Por que há uma ênfase no "Quem lê entenda"? 

"Abominação da desolação no lugar santo".

Talvez haja algo para ser entendido aqui que não é tão flagrante? 

É muita coincidência, mas ainda assim os mais céticos vão questionar o óbvio, para estes se tranquilizarem:

"Todo devoto cristão acredita que a Bíblia contém a palavra de Deus e, no que se refere aos Evangelhos do Novo Testamento, a crença popular é de que os companheiros de Jesus de Nazaré escreveram tudo o que o mestre disse ou fez, numa espécie de crônica contínua, e a tais crônicas foi dado o nome de “urtextos”.


"De fato, nada disso é verdadeiro. Frequentemente citados e em termos de rabularia teológica, os textos originais muito férteis nem mesmo existem. O que realmente temos nas mãos? Cópias que foram exclusivamente produzidas entre os séculos IV e X, após a morte de Cristo. E essas cópias - cerca de 1.500 delas - são em si mesmas cópias de cópias, e nem mesmo uma única delas concorda completamente com qualquer uma das outras. Foram contadas mais de 80.000 (sim, oitenta mil) divergências. Não há uma única página desses textos que não contenha uma ou outra contradição. Cada nova edição era mais a interpretação do autor em relação aos versos originais do que uma cópia direta, e além disso, era adaptada para satisfazer as necessidades de cada época. No processo, esses textos bíblicos amontoaram milhares de erros facilmente verificáveis." A História Está Errada – Erich Von Daniken

“Querido! Sabe que os desejos do ego e a concupiscência não chegarão a nenhum lugar e que sua ansiedade jamais tem fim. O vinho e todas as outras cervejas que embriagam são impuros, mas o ópio e o haxixe não o são."


―Ruhollah Khomeini. 



Marco Matos tem 32 anos, é músico instrumentista com vasta pesquisa no segmento jazzístico, além de estudioso profundo da bíblia e cabala há mais de 7 anos.

terça-feira, 12 de maio de 2015

GALERIA - p i n t u r a - por Tito Oliveira

Pintura da série A Cor Na bahia Revela O Recinto Pitoresco - "Retrato De Isadora" -
pastel a óleo sobre papel - 45x33cm - Salvador - Bahia - 2015

COLABORADORES - "Detalhes, Santiago do Chile" - por Ludwig Ravest

Foto divulgação
Uma cidade que já foi denominada Alfa de Sudamérica; contemplada como distinta de seus pares: toda comparatividade é a negação do outro e é por isso que ela é incomparável.

Mas ela está aí entre a Cordilheira dos Andes e a Serra do Mar denominada Cordilheira do Litoral com seus menos altivos picos, porém tão divisória sua máscara que engaveta duas cidades de um mesmo contorno: Santiago e Valparaíso, esta última a mais poeta de todas as cidades chilenas.

Santiago, uma cidade discreta demais; entre os abismos e as alturas, duas caras de uma mesma vertigem que colidem entre si demonstrando sua formosura e densidade. 

Âmbar e opacidade confluem: é o olhar que espreita sua “panoramicidade” e a fusão dos contrários entre os murmúrios de sua população ávida de palavras e ensejos. 

Metrópole que carrega a ferida ainda aberta de um fechado passado de aço e indulgência: os aborígenes a incendiaram sete vezes; os de casaco gris a mantiveram em cativeiro por dezenove anos; um labirinto de um fauno hostil, cabelos desgrenhados, Vênus recíproca às inúmeras fontes de água que submergem em parques e praças de solitários; inibida pela escuridão remanescente de seu próprio passado que ainda cheira a presente sobejando latidos em antigos muros roídos pelo frio e pelas chuvas outonais.

Santiago de Chile, uma cidade que se debate entre o que foi ontem e o ontem que desmarca o amanhã que parece nunca chegar e nem sequer aparecer na aurora furtiva aos pés do Cerro Santa Lúcia. 

A cidade apresenta-se imune à contemporaneidade embora sustente os firmes laços com parentes longínquos do Ocidente cujas margens foram repentinamente borradas pela própria geografia engavetada. 

Sim! 


É uma cidade engavetada ainda que aberta aos olhares de turistas e curiosos. 


Mas, atenção: nada que um bom vinho não supere-a com suas controvérsias.

Eis que se ergue um Santiago filosófico com seus excessos de informação, de suas ruas exacerbadamente limpas em alguns acessos, descabeladamente desleixadas em seus rincões ocultos e perigosos: nada que um bom “pebre cuchareado” (coentro, cebola, alho e pimenta) não possa acompanhar o mesmo vinho e um prato de “porotos graneados”.

Uma empanada? 

Porquê não? 

Se até Rodin que se ergue majestoso no Museu de Belas Artes cheira a triunfo por sobre o “smog” citadino e a melancolia sobre o gorjeias dos pássaros que não se inibem em cantar entre álamos e acácios amarelados. 

Gabriela Mistral ainda fala sobre seu centro distante da periferia e perto das lentes dos turistas: nada que o abraço eficaz do Cristo no Cerro San Cristóbal impregne de sonhos e alavanque os poetas a cantar a frieza de seus habitantes soturnos e discretos. 

E no abixar do sol, as ninharias de das crianças em um quase ensolarado dia de domingo de abril, aquele mesmo abril que fede a solenidade e nostalgias.

Santiago artístico que, como diria Baudrillard, a produção de bens e o fantasma do consumo fornece a ostentação dos que montaram a cilada dos ferrenhos conquistadores e submeteram de intrigas a seus súditos de roupas mínimas e linguajar tóxico por sobre murais de uma antiga capitania: nada que os quatro notáveis não tenham dito antes sobre as sombras, as cúspides, os fantasmas e as belezas naturais: Neruda, Huidobro, Pablo de Rokha e Gabriela Mistral.

Santiago uma prosa de aventureiros, um devaneio para os suados ociosos, uma procura para os fugitivos, um encono para os desvalidos, uma sutura para os feridos, um encalço para os orgulhosos, uma admiração para os estrangeiros, uma desproteção para os holocaustos da natureza. 

Uma cidade que floresce diante da estranha sensação de entranhamento compulsório, mas que vale assisti-la junto às suas solidões: uma Troia sul-americana.

Diante do exposto vale a pena indagar: o que é isso? 

Como é isso? 

Por quê? 

O que de fato nos deveríamos conhecer? 

Mas isso aqui não é informação. É um texto de quem um dia viu a cidade entre chamas e balas. 

Hoje, após 30 anos sem ter sido contemplada por esse famigerado aventureiro viu a cidade como quem vê aquela incorporação do espírito sobre a matéria pulsando na artéria as veias de um tempo que foi o tempo de noites sem lua e desejos de liberdade.

Santiago se situa e não mudou: a Troia sul-americana, a Mediterrânea a 33° 26' S, 70° 39' O; a 567 metros sobre o nível do mar; a 7a.  mais habitada da América Latina e a 5a. mais metropolitana de toda América Hispânica, Santiago de Chile, detalhes que prevalecem na memória por perguntar-se a si mesma: Eu sou daqui?


Ludwig Ravest é chileno, escritor, estudou filosofia na Universidade de Santiago e atualmente vive e trabalha em São Paulo.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

GALERIA - p i n t u r a - por Tito Oliveira

Pintura da série A Cor Na Bahia Revela O Recinto Pitoresco - “Enxuga-me A Pureza” - mista sobre papel -
96x100cm - Salvador - Bahia - 2015

terça-feira, 5 de maio de 2015

CINEMA - c r í t i c a / d i c a - "Great Expectations" - por Tito Oliveira

Em meio à modernização dos 90', o diretor Alfonso Cuarón nos traz a clássica história onde encontramos o artista infeliz pintando a amargura sob às luzes de New York.

Uma das sagas do personagem se dá na perseguição de um amor não correspondido em sua infância.

Baseado no conto atemporal de Charles Dickens, esta é uma história de amor que envolve um homem angustiado e uma mulher inacessível.

Transposto aos dias contemporâneos, o enredo se desdobra na realidade do artista com origem modesta, que apaixona-se por uma moça de educação aristocrata.

Mas quando um misterioso benfeitor surge, os sonhos deste homem emergem do imaginário consciente e sua conquista toma forma adequada.

Não li o conto, que traduzido para o português é semelhante a "Grandes Esperanças", mas posso afirmar que o clássico longa em questão é provido dos ares mais sugestivos.

A ressalva é sobre não ser este um bom filme, decorado com o crachá que o identifica num remake literário com sabor de queijo amarelo. Pois em minha apreensão, e dentro do que pesquisei, trata-se de uma vaga referência ao livro de Dickens. Logo, apenas uma adaptação.

A qualidade dos diálogos é irretocável.

O ator Ethan Hawk passeia como um maestro flutuante no corpo de seu personagem.

Gwyneth Paltrow, além de bela e refinada, deslumbra seus estimadores com um desempenho que, de tão rico, beira a imperfeição.

De Niro está mais discreto, porém não menos contagiante. Praxe.

Anne Bancroft assusta nos convencendo em seu posto.

Hank Azaria e Chris Cooper jogam com as almas lavadas na cerca dos coadjuvantes.

Não haveria outra forma de ser com a formação de um elenco tomado em sagacidade.

A fotografia é tecnicamente regular.

Seu teor emana admiração e mistério, uma vez estando alicerçado aos desdobramentos de definições tecnicistas.

É uma obra de arte.

Não há linhas fragmentadas, sua trajetória é claramente conduzida com beleza e honestidade.

A direção explorou todas as carcterísticas com demasiada coesão.

Acrescentando pinceladas peculiares e mostrando um filme moderno, de espírito pré-definido ao clássico.

A música regeu intensificando as situações, quando e onde interviu deu-se com muita fluidez e complemento.

Esta era quase tão importante quanto a atuação dos atores. Já que mais parecia ser a dependência entre ambos fatalística caso exposta ao declínio.

Assim como a boa partitura musical, o filme faz usufruto das notas enquanto elemento de adorno e/ou fio condutor para as performances em cena.

Aqui constitui o discurso sobre um dos poucos filmes que exprime conexão sanguinária com sua trilha sonora.

Bonito aos olhos, ouvidos, coração e consciência.

Bom filme!