sábado, 20 de junho de 2015

POUCAS&BOAS - "Pátria Amada" - por Tito Oliveira

Foto: Tito Oliveira
Eu não tenho orgulho algum de ser brasileiro! 

Aliás, vergonha em muitos contextos aqui remanescentes seria mais adequado dizer. 

Ontem, por exemplo, fui ao último dia de aula da escola que ensino, que antecede o recesso dos festejos juninos. 

Ao tentar atravessar na faixa de pedestre, um motorista acelerou o carro para passar antes (detalhe, o trânsito estava quase parado e não havia muito espaço para ele percorrer). 

Uma senhora notou a ação duvidosa do indivíduo e perguntou (exclamando) a este se ele ia passar por cima do pedestre (que no caso era eu). 

O motorista, por sua vez, disse que essa seria uma opção!.. 

Estendendo a questão para a educação, é comum estar entre universitários, filósofos (pois é, filósofos) ou até mesmo "artistas" e professores e deparar-se com uma explícita ojeriza à garotas adolescentes pelo simples fato destas trocarem de "namorados" num curto espaço de tempo de um para o outro. 

Quer dizer, se na adolescência não for o período mais propício aos experimentos (erros ou tropeços), melhor seria se, ao nascermos, ao invés de estarmos ligados ao cordão umbilical, deveríamos ter nossos sexos envoltos ao cinto de castidade e nossas mentes ancoradas no livro da falsa moral. 

Neste último e lamentável aspecto, o que familiares e muitos docentes no Brasil incitam é mais uma grande negligência, já que os princípios da pedagogia sugerem o aprendizado por meio da admiração, afeto, disciplina e amizade, nunca na repressão. 

Quanto a questão do trânsito, o declínio começa no lar e na sala de aula.

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