Por Tito Oliveira - da série Composto de Um Tempo Documentado - "Língua Solta" - gaiola, língua de boi, plástico rígido, papel e palito - dimensões variáveis - Sergipe - 2014. |
É fácil culpar o Primeiro Poder e se auto-imunizar na participação direta que potencializa o declínio dobem estar em comum senso. O Homem, enquanto existência é, antes, ação.
Limitar-se à pequenez em apontar o dedo com a típica falácia: "É culpa deste, daquele!", não possui aspecto plausível. Identificar o erro, conhecer sua causa e buscar solucioná-la, para quê?! A preguiça intelectual e ausência de bom senso não permitem.
A questão da última e remanescente inflação no Brasil se faz exemplo claro do que quero dizer, uma vez que em grande parte a mesma fora suscitada por nossa aparente cultura de ostentação.
Explícita prerrogativa no setor empresarial, que provido de aval no poder público transita como bem entender com benefícios a seus favores; nos apresentando exorbitantes preços em seus produtos é, também, responsabilidade da sociedade enquanto consumidora.
Ou seja, se uma padaria expõe preços desmedidos perante a realidade mínima salarial do país e o consumidor submete-se em fácil aceitação, o comerciante que provia de preços mais adequados reflete: "Aquele concorrente da esquina é absurdamente caro e ainda assim vive transbordando em número de clientes. Bom, já que isso é atrativo, também aumentarei os preços de meus produtos". Óbvio!
Logo, enquanto a sensatez for desprezada por uma trivial necessidade em ostentar posição social é possível reclamar de inflação?!
Estamos em ano de eleição presidencial e será mais uma vez posto à prova a capacidade de análise do eleitorado brasileiro. Pesquisas tendenciosas já se manifestam a favor e contra seus candidatos ou oponentes. Uma grande revolução foi expressivamente constituída, desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso, com reeleições vigentes. Portanto é preciso ser muito criterioso em suas crenças, uma vez que, caso haja equívoco na suposta opção, serão quase dez anos de uma vida enclausurada no descaso.
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