Por Tito Oliveira - desenho da série "Enscenario Para Perros Y Desmembrados" - nanquim e piloto sobre papel vegetal sobreposto - 45x30cm - acervo da Fundação Spai Fontana - Barcelona 2010. |
A Copa do Mundo é um conceito esportivo promovido com o aval da maior produtora de evento do mundo: a FIFA. No Brasil a eventualidade deu-se em meio à ilusão de transformação social sem antes compreender a importância da gestão para a continuidade do "investimento".
A clara dificuldade de entender o quão relevante se faz o planejamento estende-se, obviamente, ao futebol.
A clara dificuldade de entender o quão relevante se faz o planejamento estende-se, obviamente, ao futebol.
Era aparente, desde 2013, que a performance a ser apresentada pela Seleção Brasileira continha fortes traços de limitações e fragilidade, tanto em campo com jogadores desprovidos de talento quanto em sua comissão técnica obtusa.
O esquema tático brasileiro para esta Copa consistia num saudosismo descabido e de atletas pré-fabricados enaltecidos midiaticamente por uma emissora inescrupulosa, que ancorava-se na pífia conquista de uma competição pré-Copa onde artilheiros de uma única partida já garantiam suas vagas.
O ufanismo da torcida nada mais é do que a explícita comprovação da ausente capacidade sensitiva e intelectual de uma sociedade que se faz apta a decodificar um vírus em um organismo apenas quando o corpo se expressa depreciado.
Qualquer semelhança de tal característica com o distanciamento para o bom senso na escolha de uma liderança política, por meio do "democrático" voto, nada tem a ver com ironia.
A notícia "boa" é que agora sabemos o que pode, enfim, envergonhar o povo brasileiro, uma vez que o desprezo para a educação e condições básicas de sobrevivência não lhes diz respeito.
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