domingo, 16 de novembro de 2014

POUCAS & BOAS - "A Cabra Passou De Cega A Míope" - por Tito Oliveira

Por Tito Oliveira - instalação/intervenção urbana da série -
Composto De Um Tempo Documentado - "Don't Step On The Grass" -
corda, placa de madeira, vinil adesivo - dimensões variáveis -
Portugal - 2013
Alguém poderia, por um acaso, dizer sobre o motivo que levou ao suicídio de Getúlio Vargas? 

Pergunto isso porque, sendo a discussão em torno da política partidária, é preciso analisar todos os pontos, do contrário seria estar parcial o suficiente para tomar partido e perder-se no impulso da incoerência. 

Habitar um recinto de poder, seja para utiliza-lo de quaisquer formas, sugere a vulnerabilidade em meio à enganações, uma vez estar lidando com intenções diversas e viabilizadas, ou não, também por manipulações diversas.

Assim sendo, se for necessário ameaçar, exterminar, jogar sujo, fraudar, que assim seja. 

E, para tais procedimentos, existe uma infinidade de contextos e insinuações até atingir determinado propósito. 

Um deles, e talvez dos mais fortes enquanto viés da construção inadequada na análise de uma situação, reside no centro da confusão dada na especulação midiática. 

Que, para o lado que optar enfatizar apoiando ou depreciando, será expressiva. 

Portanto, acredito que a melhor forma de viver, bem como na vida avaliar quaisquer questões, é estar aberto para aprender, antes, o sentido de justiça e/ou capacidade de restauração após prática injusta. 

De minha parte, não visualizo, ou sinto, ingenuidade na escolha do eleitor ao ajudar eleger o PT representado por Dilma ou Lula, mas é demasiado fácil perceber ingenuidade quando depara-se com uma oposição que pensa que num campo de combate, expostos aos olhos públicos, ancorar-se no exclusivo julgamento de ações do adversário estando desprovido de uma contraproposta é estratégia inteligente. 

E se o PT está no poder há tempo suficientemente estendido num espaço que alfineta de maneira indigesta, supõe-se que já partilha-se de devida noção, por parte do novo eleitorado brasileiro, que possibilita a distinção do que é, ou não, desaforo diante de seus direitos.

Se ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão, então que mais anos sejam atribuídos ao ladrão que rouba o ladrão que tem muito mais bens que este e melhor distribua a riqueza em bem comum.

A moral, em tal contexto, é o que menos vale.

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