Por Tito Oliveira - pintura da série Composto De Um Documentado - Auto-retrato - óleo sore papel - 45x30cm - Barcelona - Espanha - 2012 |
Não deu certo com Gilberto Gil.
Não sei até que ponto o critério utilizado para evocar esta possível especulação se fez mais veemente com o nome do artista paraibano.
No entanto é preciso dizer que existe larga distância entre o sentido de artista e o sentido de gestor.
Entendo que muitos artistas baianos alimentem-se com a posição central do palco, porém não apreendo o artista Gilberto Gil desta forma.
Juca Ferreira, substituto deste na ocasião em que foi ministro da cultura no Brasil, provou que a função de cada ministro na elaboração de normas e/ou conceitos a serem aplicados através do viés em recursos públicos disponíveis para a área da cultura requer muito mais do que o domínio sobre fomentos culturais, mas, em suma, entender a necessidade de inserção; do fortalecimento e diversificação dos editais de premiações e intercâmbio; da expansão e difusão de linguagens e expressões oriundas das extremidades do país, da preservação imaterial etc.
E isso implica em boa gestão. Sobretudo quando envolto a um senado onde a aliança partidária se rompe a cada dia com o impulso da aparente insanidade na oposição brasileira.
Confesso que não tinha conhecimento do histórico político de Chico Cesar na Paraíba, porém, ainda que o exemplo sobre o combate às "bandas de forró de plástico" tenha relevância enquanto conceito de preservação cultural do tradicional estilo musical Forró, é necessário guardar as devidas proporções do Estado Paraíba para o País Brasil.
É fácil entender a esperança emanada ao ver um bom artista num posto de orientador perante as necessidades humanas, em especial quando implica na semiótica da cultura; imaginando suposta democratização cultural em âmbito nacional, entre outras coisas.
Bom, sobre tal democratização, desde o Lulismo que estamos experienciando.
A ideia agora reside em esta deixar de ser populista para, de fato, ser popular.
Ainda que eu compreenda pertinente esperança, o que quero dizer se dá na discrepância entre político e artista, vice-versa.
Ou seja, acredito que para ser político, é preciso deixar de ser artista. Pois apenas assim haverá articulação necessária para gerir o posto em questão.
Em minha opinião, o ministério da cultura deveria estar sob orientação do conhecimento filosófico.
Nomes como o da Marilena Chaui, por exemplo, não deveriam ser descartados.
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