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| Por Tito Oliveira - da série Herméticos - "Retrato de Van Gogh Enquadrado" - esmalte sintético sobre tela - 80x100cm - coleção particular - Salvador - 2007 |
Já leu Jorge Amado, já leu muitas notícias da cidade e sua história, quando finalmente desembarca em solo baiano, isto depois de ter escolhido uma pousada no coração do Centro Histórico.
Normalmente chegam em voos noturnos e acordam cedo, tomam o café da manhã e saem pelas ruas para conferir tudo aquilo que haviam visto em fotos na internet.
Foi assim, ao sair da pousada recém inaugurada na Cruz do Pascoal que a dupla de amigos caminhava em direção à Igreja do Boqueirão, mas, como sempre, na entrada da Rua do Pilar uma dupla de malandros os espreitam e pararam para esperar os dois turistas estrangeiros.
O terror do assalto inicia, tomam as câmeras e armados de uma velha peixeira ainda ferem um deles, que esboçou uma reação.
Assim termina o sonho.
Os dois vadios descem a Ladeira do Pilar ou "quebra-bunda' e somem. A polícia aparece meia hora depois fazendo aquele estardalhaço que não adianta em nada.
Quantas vezes já falei, quantas vezes já berrei, quantas vezes liguei pra polícia, quantos copos de água já dei para turistas que foram assaltados exatamente ali.
Porra, o que é mais necessário fazer?!!
Semana passada falei na TV que o problema estava ali, colocaram um carro da polícia por dois dias parados lá, com duas múmias dentro que não saiam do lugar.
Falar que existe inteligência na polícia da Bahia é uma piada!
O que esse banana do Secretário do Turismo está fazendo no cargo?!
O que esse comandante da Polícia Militar pensa que é além de um mero funcionário público?!
Quero lembrar que o tal Secretário de Segurança Pública da Bahia é o mesmo que fez o plano de segurança para o Centro Histórico, antes mesmo de ser secretário.
Será que precisarei colocar uma placa na entrada da Rua do Pilar, dizendo que é uma área para fuga de assaltantes?!
Estou falando desde o início sobre o governo do senhor Wagner, mas, podem esperar, pois amanhã estarei colocando uma placa na frente da minha loja pedindo policiamento para a área.
E depois vem um babaca qualquer me chamando de radical.
Estou esperando o primeiro desses aparecer para dizer a ele todas as verdades que estão precisando ouvir.
Registro aqui minha indignação.
João Cabral é mineiro, dono de antiquário, colecionador de arte e vive e trabalhava em Salvador há mais de 20 anos.
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