sábado, 13 de setembro de 2014

POUCAS & BOAS - "Em Tabuleiro de Xadrez Composto Por Peões Lobo É Bispo" - por Tito Oliveira

Por Tito Oliveira - da Série "Composto de Um Tempo Documentado -
"Substância Sustentável" - óleo sobre papel - 29,22x40cm - Barcelona - 2012
Pode-se afirmar que é assim...

Risível a discussão entre o eleitorado brasileiro na corrida que elege sua preferência no posto de presidente do país.

Porém dentre atrevimento demasiado, uma das observações mais intrigantes se dá naquela que indica a opção de um governo, ou a permanência de um já existente, ser decorrente de dois únicos traços: a falta de conhecimento ou o lucro que a respectiva gestão oferece ao fiel do partido.

Bom, seria preciso, talvez, explorarmos fórmulas matemáticas de difícil compreensão para chegarmos a resolução do caso?! Não creio.

Se aquele que diz residir em tais únicos traços o motivo que faz um cidadão estar satisfeito com o atual governo, este torna, também, mais fácil concluirmos que assim também o é. Ou não?!

Seria, talvez, a indignação disfarçada de observação oriunda de sua incapacidade intelectual o motivo da distância sobre os fatos que denuncia a decadência de uma gestão?! Ou do seu excesso que o faz explorar tal administração de maneira economicamente rentável à sua corja?!

Melhor não definir nada, já que o ciclo é vicioso e de extremidades infinitas.

Seria preciso ressaltar que na história de um país de princípio escravista, restou o legado da expressiva desigualdade.

Se analisarmos a história da política brasileira, pós ditadura militar, será possível entender que nunca houve consciência eleitoral em comum senso.

Não sei se a hipótese seria viável se tratando de um partidarismo fanático. É melhor acreditar que podemos adentrar uma pintura surrealista.

Mas a pergunta é: se ser reacionário possui, como descreve claramente o dicionário, o mesmo adjetivo que se refere ou pertence ao que é favorável à reação contrária a quaisquer mudanças sociais e/ou políticas, opondo-se à democracia, teria o cidadão dotado de tal perfil propriedade para criticar gestão alguma?! Sim. Claro!

Quer que explique porquê? Explico.

Certa vez lia eu uma matéria de um jornal onde observava um deputado, do qual não me recordo o nome agora, do mesmo partido de Fernando Collor de Mello.

Collor, para a nova geração que ainda não o conhece, ou para quem não tem memória, foi o presidente mais jovem e o primeiro eleito através do voto direto no Brasil pós-ditadura.

Talvez sua idade e "boa" aparência tenham sido grandes fios condutores de sua vitória para presidente na ocasião.

Este também foi protagonista de duas situações contemporaneamente históricas na política brasileira: um dos maiores desvios de verba pública da história corrupta brasileira e também personagem do primeiro e único impeachment já visto pelo eleitor brasileiro.

Esse deputado em questão, na ocasião, era um jovem universitário que pintou a cara de verde e amarelo para gritar nas ruas do Brasil suplicando a renúncia de Collor.

Ou seja, em país de constituição alimentada por ovelhas qualquer lobo ordinário tem opinião concisa. Não sei se fui claro.

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