Por Tito Oliveira - fotografia da série Natureza Do Ser E Estar - Sergipe - 2014 |
O fato é que, movida por uma oligarquia desmedida, mais preocupou-se em separar as classes do que realmente construiu em prol de uma evolução coletiva. Designando uma com brasão monarca outra com pano plebe, em número aparentemente desproporcional.
E no atual contexto nos vem com o típico despautério prometendo mudança.
Já estamos vivendo a grande transformação da história da política brasileira.
Não que eu seja partidário, me faria limitado. O que não presto-me a ser. Estar, vez em quando, compreensível, no entanto minha busca é conduzida por constante transgressão de um estado inerte, não por sua aderência.
Logo, ainda que toda idealização de projetos atualmente bem sucedidos não tenha emergido no Partido dos Trabalhadores, é preciso reconhecer que este, além de ter contribuído para tais idealizações, ainda se fez capaz de aperfeiçoar concepções da oposição em benefício do povo, o que podemos traduzir em gesto de altiva nobreza.
Toda verdade reside em ser o partidarismo uma grande balbúrdia constitucional criada para desviar a atenção perante uma extração de fundos a favor de interesses desleais. Porém estamos vivendo, pela primeira vez, uma revolução impulsionada pela acessibilidade que nos dispõe a informação em tempo real e, ainda que tenha sido o PT protagonista do, talvez, maior desvio de verba pública da história da corrupção recorrente na política do Brasil, também se fez, em contrapartida, autor da maior punição de tais infratores.
A direita, além de estar aparentemente falida por dar-se escorada num tucano caolho e perneta, expõe um fantoche mal assessorado por um verborrágico ex-aquecedor do trono da ostentação que, incoerentemente, se desgasta na leitura de um texto pronto e resumido na depreciação do adversário ou numa promessa desesperadora de melhor desenvolver planos antes bem elaborados e já também bem vigorados pelo atual Governo.
Ou seja, hoje se faz possível transitar em comunidades de baixa renda e encontrar moradores com seus filhos matriculados na escola, bem alimentados, com acesso à internet por meio dos computadores que possuem em suas casas, grande parte de sua população trabalhando em empregos diretos ou indiretos, consumindo e, mais importante, é possível encontrar mais universitários originários de tal realidade.
Difícil ou não para a oposição engolir, toda transformação se iniciou após a eleição de Luis Inácio Lula da Silva, e tem sido primorosamente continuada no Governo Dilma Rousseff.
Quer dizer, muito mais do que uma simples eleição, o eleitorado brasileiro precisa entender que nada tem a ver com uma briga de egos desprezivelmente pueril entre direita e esquerda, estrelada por PT e PSDB, mas sobre habitar um país caminhando rumo à dignidade mínima através de uma ideia de inserção, ou ceder à uma gestão passada que não se faz passado apenas por ter estado em um tempo qualquer, e sim por consistir, sobretudo, num regime ultrapassado e adequado apenas ao condado tomado pelo desprezo paladino.
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