quinta-feira, 9 de outubro de 2014

PROVOCAÇÃO - "Estado Oposto" - por Tito Oliveira

Por Tito Oliveira - da série Composto De Um Tempo Documentado -
"Estado Oposto" - caneta esferográfica e impressão sobre caderno de anotações -
13x16,2cm - São Paulo - 2014
Não é preciso obter maiores propriedades sobre o estudo da estrutura e/ou organizações do sistema político para entender a falta de substância na avaliação do eleitorado nacional perante seus candidatos.

Isso explica, com certa facilidade, o ponto que define a ideia do brasileiro sobre gestão política construtiva.

Ignorância e consciência reacionária são os dois pilares do corpo discutido.

Tal curso evoca a sabedoria que me torna definitivamente estimulado a torcer em prol da candidata do Partido Dos Trabalhadores, Dilma Rousseff.

Potencializar o enunciado argumentando sobre o que me faz há muito decidido é ainda mais simples e satisfatório do que permitir-me ao silêncio.

Uma vez que dedico-me, com o incentivo da nobreza, a dizer, em alto tom, que todo (ine)conteúdo a nós, eleitores, apresentado através de uma oposição afogada na própria mediocridade é um desejo muito mais fincado num plano de sabotagem para o declínio do atual Governo do que devida e esperada consistência na apresentação de propostas de melhorias em setores de maior emergência no país.

A tentativa desesperadora de depreciar o Bolsa Família com pífia justificativa de que o Programa nada mais é do que a compra de voto oficializada demonstra não apenas mesquinhez e pouca honraria competitiva, mas, desprezível atitude em tentar, com as mais diversas e poluídas armas, obstruir a continuidade daquele que se faz signo de esperança e igualdade em futuro previsto, em partes já a nós comprovado.

A esta altura, Aécio já disse a que veio.

Toda sua campanha não passou de um escoramento fajuto para restruturar o antigo conceito sistêmico de um liberalismo entusiasta da fácil usurpação.

O intencionalmente subjetivo discurso publicitário: "Se você quer o diferente, venha com a gente!" insinua largo distanciamento diante de suposta preocupação com a necessária transparência por eles tão questionada.

Por outro lado, também os posicionam aparentemente presunçosos e atrasados, pois não admitir mínima lucidez no eleitorado com doze anos de poder da Esquerda é continuar subestimando explicitamente a inteligência de seu Povo.

Imaginemos-nos numa cidade pequena onde a atual gestão de sua prefeitura encontra-se beirando o fim de seu mandato.

Em meio a isso a construção de mais uma escola pública e mais um posto de saúde público se davam encaminhadas.

No entanto ambas são interrompidas com o inicio das novas eleições para prefeito.

A oposição, por uma fatalidade, toma o poder da última gestão que vinha, ainda que minimamente, percorrendo por um trajeto assertivo e beneficente aos mais necessitados.

O projeto que envolvia a construção da nova escola pública e do novo posto de saúde são sabotados, pois a continuidade desta boa ideia significaria enaltecer o planejamento da gestão anterior que pertencia a outro partido.

Em seus lugares são concebidos shoppings centers e empreendimentos imobiliários para a ocupação da classe pequena burguesa.

Advinha quem mais sofreria com isso?!

Então, caso a direita volte ao poder, pergunto-lhes: o que sobraria de uma política social que melhorou a vida de boa parte de condenados à miséria e que tende a investir definitivamente em saúde e educação?

Não há o que vir de diferente. Já estamos experienciando uma política distinta de todas as vistas na história da política brasileira.

A atual gestão é o que mais próximo temos da utopia comunista. Isso nos fará retardar os passos de uma flagelação presumidamente pré-concebida.

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