Por Tito Oliveira - da série Composto De Um Tempo Documentado - "Estado Oposto" - caneta esferográfica e impressão sobre caderno de anotações - 13x16,2cm - São Paulo - 2014 |
Isso explica, com certa facilidade, o ponto que define a ideia do brasileiro sobre gestão política construtiva.
Ignorância e consciência reacionária são os dois pilares do corpo discutido.
Tal curso evoca a sabedoria que me torna definitivamente estimulado a torcer em prol da candidata do Partido Dos Trabalhadores, Dilma Rousseff.
Potencializar o enunciado argumentando sobre o que me faz há muito decidido é ainda mais simples e satisfatório do que permitir-me ao silêncio.
Uma vez que dedico-me, com o incentivo da nobreza, a dizer, em alto tom, que todo (ine)conteúdo a nós, eleitores, apresentado através de uma oposição afogada na própria mediocridade é um desejo muito mais fincado num plano de sabotagem para o declínio do atual Governo do que devida e esperada consistência na apresentação de propostas de melhorias em setores de maior emergência no país.
A tentativa desesperadora de depreciar o Bolsa Família com pífia justificativa de que o Programa nada mais é do que a compra de voto oficializada demonstra não apenas mesquinhez e pouca honraria competitiva, mas, desprezível atitude em tentar, com as mais diversas e poluídas armas, obstruir a continuidade daquele que se faz signo de esperança e igualdade em futuro previsto, em partes já a nós comprovado.
A esta altura, Aécio já disse a que veio.
Toda sua campanha não passou de um escoramento fajuto para restruturar o antigo conceito sistêmico de um liberalismo entusiasta da fácil usurpação.
O intencionalmente subjetivo discurso publicitário: "Se você quer o diferente, venha com a gente!" insinua largo distanciamento diante de suposta preocupação com a necessária transparência por eles tão questionada.
Por outro lado, também os posicionam aparentemente presunçosos e atrasados, pois não admitir mínima lucidez no eleitorado com doze anos de poder da Esquerda é continuar subestimando explicitamente a inteligência de seu Povo.
Imaginemos-nos numa cidade pequena onde a atual gestão de sua prefeitura encontra-se beirando o fim de seu mandato.
Em meio a isso a construção de mais uma escola pública e mais um posto de saúde público se davam encaminhadas.
No entanto ambas são interrompidas com o inicio das novas eleições para prefeito.
A oposição, por uma fatalidade, toma o poder da última gestão que vinha, ainda que minimamente, percorrendo por um trajeto assertivo e beneficente aos mais necessitados.
O projeto que envolvia a construção da nova escola pública e do novo posto de saúde são sabotados, pois a continuidade desta boa ideia significaria enaltecer o planejamento da gestão anterior que pertencia a outro partido.
Em seus lugares são concebidos shoppings centers e empreendimentos imobiliários para a ocupação da classe pequena burguesa.
Advinha quem mais sofreria com isso?!
Então, caso a direita volte ao poder, pergunto-lhes: o que sobraria de uma política social que melhorou a vida de boa parte de condenados à miséria e que tende a investir definitivamente em saúde e educação?
Não há o que vir de diferente. Já estamos experienciando uma política distinta de todas as vistas na história da política brasileira.
A atual gestão é o que mais próximo temos da utopia comunista. Isso nos fará retardar os passos de uma flagelação presumidamente pré-concebida.
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