quarta-feira, 20 de agosto de 2014

CINEMA - c r í t i ca / d i c a - "O Filho De Jesus" (Jesu´s Son) - por Tito Oliveira

O que dizer deste filme?! 

Digamos que quando eu encontrar uma Mulher e esta envolver-me, em meio ao trânsito da união; ainda que em espaçado tempo que levar a passagem do pêndulo no percurso de um lado para outro; a ponto de iluminar meu espírito igual quando a descobri pela primeira vez, minha inquietude estará destinada a um recinto singular.

Juseu´s Son, 1999, da embrionária diretora Alison Maclean, teve produção independente e formou elenco peculiar para envolver o público intimista do Sundance Festival, nos Estados Unidos.

O filme é uma versão para o cinema originária do livro com título homônimo, escrito por Denis Jonhson.

Em caráter narrativo, a história é de um jovem transviado pelo meio que encontrou-se inserido, porém possui natureza serena, de caráter em formação e de inclinação benéfica. 

FH, siglas que indicam o apelido "Fuckhead", é o personagem de Bily Crudup, que por vez se faz um rapaz, como já insinuado, gentil e geralmente suave. 

Com o dom de saber sobre as coisas, muitas vezes, antes que elas aconteçam.

Recebendo vibrações de premonição.

Ao contar-nos sua história, ressalta como conheceu Michelle (Samantha Morton) na cidade de Lowa, em 1971.

O nome Fuckhead ele também conseguiu quando conheceu Michelle numa pequena reunião de amigos onde havia sexo e muita droga... 

Ela estava acompanhada e ainda assim os dois foram flagrados, pelo namorado de Michelle, numa cena embaraçada onde tentavam transar ao acaso.

Ao encontrar-se casualmente meses depois, ela o apresentou à heroína e ambos apaixonaram-se.

A confusão tem início quando não entendemos ser a paixão real ou disfarçada pela vontade entre ambos para o consumo da droga.

Entre pequenos roubos e contratempos tinha um emprego no hospital, seu amigo no trabalho era Georgie (Jack Black), e com ele experimentava toda farmácia do setor de medicamentos.

O tempo em Chicago veio na gravidez de Michelle, ainda sua namorada, lá foi realizada uma desintoxicação na gestante e o primeiro rompimento da relação.

FH partiu para Phoenix, viver reuniões de AA (Alcoólicos Anônimos) onde numa dança com sua nova amiga, que trabalhava em um centro de atendimento, foi convidado para fazer parte da equipe de voluntários e logo aprende a tocar os moradores enfermos. 

Fh modificou, naturalmente, sua programação diária de modo que, num momento, passa uma família menonita, vizinha do Centro, no exato momento em que ele estava apto para ouvir a mulher cantar músicas evangélicas no chuveiro. 

Lentamente, muito lentamente, FH permite seus dons surgirem e imerge num pomar de altruísmo que não havia consciência sobre contê-lo em si.

A obra apresenta com beleza, concisa em direção, grande elenco e envolvente trilha sonora, sobre a outra face da condenação residir na recuperação. 

Bom filme!        

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