quarta-feira, 13 de agosto de 2014

POUCAS & BOAS - "O Melhor Contra-Ataque É A Sugestão" - por Tito Oliveira

Por Tito Oliveira - da série Pejorativismo Do Traço Ortodoxo
- S/Título - nanquim sobre papel vegetal sobreposto
- 45x30cm - São Paulo - 2006


A face incompreensiva da sociedade brasileira é tão pejorativamente diversificada que, ao pararmos para analisá-la, digamos, friamente; nos assustaremos. 

É insultuoso o aspecto reacionário do país. 

São infinitos os exemplos que podemos explorar para tornar figurativo o doloso comportamento do qual me refiro no momento. 

Suponhamos que ao encontrar-se como um turista, em um táxi ou ônibus na capital paulista e, ao deparar-se com os transtornos rotineiros da cidade uma pequena observação sócio-política é suscitada - filtrando um pouco mais a subjetividade de tal discussão o exemplo se dará no trânsito e suas dificuldades extremas . 

Não tardará muito para notar tanto motoristas de táxi quanto de ônibus serem expressivos em comum acordo sobre a construção de vias exclusivas para a melhor viabilização de seus trajetos. 

Em ano de eleição o candidato que fizer usufruto de suas necessidades terá, inevitavelmente, seus votos. 

Com a questão da homossexualidade o traço não se distancia do comum. 

A homofobia não possui caráter de relevância, aliás nenhuma postura radical provém de substância plausível, sabemos disso. 

No entanto o ufanismo gay, em relação a sua opção sexual e estilo de vida, deveria, em prol do bom senso, ser discutido entre os adeptos enquanto forma de reflexão para melhor compreender os espaços de diferentes grupos em sociedade. Uma vez que se faz recorrente a desmedida priorização do meio para seus interesses e isto é, no corpo aparente, sinuoso. 

A política do Brasil se dá envolta aos interesses pessoais, mesquinhos. Ou seja, a despeito da homofobia ser, indiscutivelmente, atroz, o comportamento homossexual se faz, historicamente, discutível em face de convivência. 

O fato é que nos confrontamos com a explícita necessidade de uma política menos ensimesmada e mais plural, de maior profundidade. 

É claro que não é preciso mais mortes no trânsito para educar os motoristas, menos ainda na violência aqui recorrente para uma melhor distribuição de renda, ou, pior, a necessidade de mais mortes gays no combate à homofobia. 

Ressalto que minha opinião não reside em partido algum, já que esta situa-se exclusivamente na sensatez. Logo acredito que é preciso haver maior compreensão sobre o problema não localizar-se na defesa, mas, antes do que pensam, na proposta. 

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