O diretor John Wells, em "Álbum de Família", 2013, conduziu com simplicidade e não ausente em densidade, o roteiro adaptado por Tracy Letts, da peça de teatro de sua própria autoria, vencedora dos prêmios Pullitzer e Tony.
E deu forma ao personagem extravagantemente bipolar de Violet Weston; genialmente interpretado por Meryl Streep, equacionado ao vigor sofrido, porém resistente, de Barbara Weston; vivido por uma Julia Roberts cada vez mais madura, além da afirmação nos limites de performances em Juliette Lewis, com mais um personagem dementemente infantilizado e devidamente contextualizado no filme.
Norte dos Estados Unidos, mais precisamente no estado de Oklahoma; talvez uma das regiões mais "jecas" da Terra do Tio Sam, de tradição enraizada, entre outras coisas, o Patriarca de uma família com a lápide emocional desestruturada falece e obriga o reencontro de seus membros para a realização do velório. Em meio a acertos de contas regidos por desentendimentos e muito sarcasmo, Wells concebe um dos planos sequências mais longos e intensos já vistos no cinema. Como uma bomba nuclear composta por acidez e muita emoção.
Grande filme!
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