segunda-feira, 11 de agosto de 2014

POUCAS & BOAS - "O Estado Mais Grave Da Ignorância É Não Saber Que Assim O É" - por Tito Oliveira

Por Tito Oliveira - Da série Influência Indireta - "Itinerante" -
madeira, esmalte sintético e vinil adesivo -
48 x 27 x 28 - 2009 - coleção particular -
Itália - 2006
Perante tamanha arrogância publicada aqui digo que é aparente possuir o texto estrutura tendenciosamente pomposa e que, mais agravante, encontra-se envolto a conotações obsoletas sobre o universo em questão. 

Uma vez que a arte contemporânea, enquanto notícia, atualmente, contém cartaz restrito a seu meio e este evapora apenas quando oriundo de sua expressão em extremidade. 

Ressaltada, em suma, tais questões, aponto pueril crime em tornar absoluta uma discussão infinita não apenas por sua semiótica, mas também pela sociologia do comportamento e/ou capacidade de reflexão em meio à aceitações e dissabores na diferença de opinião. 

A genial ideia seminal de Marcel Duchamp, como o Bolsa Família, dissemina em torno de sua maestria caminhos bifurcados que indicam, para um dos lados, o gesto e a compreensão, e, para o outro, o mercado e a manipulação. 

Instituições públicas e galerias, ainda que importantes no corpo do histórico, podem até conceber grandes artistas, mas, sozinhos, são insuficientes para a construção do bom artista. 

A arte contemporânea, que semeou expressões de Edith Derdyk, Marepe, Nelson Leirner, o argentino León Ferrari e tantos outros militantes engenhosos deste universo é apenas um período artístico, um marco de uma época. Este, enquanto período artístico, aglomera uma gama de segmentos em seu esqueleto. 

Dentre tantos existem aqueles que propõem e os que apenas promovem, como tudo na existência, presumo. 

Se na perspectiva do transeunte, afora o meio, a arte contemporânea despreza sua opinião definindo-a como ignorante, é preciso dizer que este, em tal contexto, tem, como vontade última, entender. 

Portanto, não será através de uma pobre retina que elege Didi Mocó como o melhor personagem da comédia brasileira, ainda que este tenha citado o ilustre nome de Chico Anysio, que a arte contemporânea será invalidada, salvo pífio argumento. 

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