Por Tito Oliveira - Da série Herméticos - "Entropia" - esmalte sintético sobre madeira - 160x95cm - coleção particular - São Paulo - 2009 |
Ora bolas, por quanto tempo São Paulo e Rio de Janeiro são as grandes "potências" do país?!
A primeira já chegou até a namorar com a décima posição no ranking das cidades mais "ricas" do mundo, a segunda beira o constante engasgar-se com o orgulho carioca, em incessantes exposições de nádegas com aspecto de maracujá, a arrogância do mal atendimento no serviço, violência organizada, alienação global e suas favelas emblematicamente caóticas (embora CULT para exploradores).
Sem citar Salvador e Cia Nordestina que até então não entenderam ser o turismo um recurso econômico e, se desejam que este seja melhor desenvolvido, é preciso arrumar a casa para, antes, cuidar bem de seus anfitriões e em seguida melhor receber seus convidados.
Ambos tiveram algo essencialmente em comum durante o "boom" turístico em meio à Copa do Mundo: seus aeroportos sempre foram um lixo digno de província abandonada e isso ficou muito claro para o resto do mundo.
Esse notável declínio é apenas um dos muitos aspectos do desrespeito que, antes, é perante Você, brasileiro, obrigado a conviver com o mal usufruto de seu dinheiro rotineiramente na ponta de seu nariz e sem o direito ou devidos fundamentos para contestar, do contrário vai preso e ainda apanha de guardas com brasão de analfabetismo funcional.
Mas, nós, brasileiros, por sermos viciados em moda, só achamos de reclamar agora, sendo também necessário presenciar o Ariano Suassuna, ainda que de seu agrado, na terceira idade, deitado num cochilo a espera de decolar rumo a seu digno descanso e chamar a atenção para o caso do cochilo e dos aeroportos em rede.
A um homem que muito contribuiu, cultural e artisticamente, junto a seu país, ficamos com uma das últimas e lamentáveis imagens que antecederam sua morte.
Foi a grata retribuição que sua república e seu povo encontrou diante de seu desejo em ter, ainda que morto, um Brasil menos retardado.
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